Supermercado de Fortaleza limita venda de café em meio à alta de preço

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Em meio à alta do preço do café, um supermercado limitou a venda do item de uma marca em oferta, no bairro Aldeota, em Fortaleza. Não há, contudo, risco de escassez do produto no Ceará. Conforme especialistas em defesa do consumidor, a prática não é permitida sem justificativa, exceto em casos específicos, como em estado de calamidade pública.


O café em questão era da marca Pilão, na versão a vácuo de 250 gramas, comercializado por R$ 12,89. Em lojas de outras bandeiras, o mesmo pó é encontrado por R$ 14,29 a R$ 22,00.


Segundo o diretor-executivo do supermercado Frangolandia, Jose Ximenes, o ato se justifica porque a empresa “vende para o varejo e se estorça para ser a mais barata”. “Se vender em quantidade maior, faltará para os clientes do dia a dia, mas é importante que tenha e respeite para os nossos clientes”, afirmou, ponderando estar com o estoque abastecido.


De acordo com a presidente do Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza), Eneylândia Rabelo, os supermercados não podem limitar a quantidade de compra de café, bem como de outros itens.


Rabelo considera esse cenário como especulativo, já que não há informações oficiais sobre falta do produto ou outros fatores que justifiquem a restrição de compra, diferentemente da realidade vivenciada no período da crise sanitária da Covid-19, por exemplo.


Diário do Nordeste